
O TRONO DO REI SALOMÃO
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APELO AO REI SALOMÃO
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Majestade
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Venho através da presente publicação apelar ao sábio e muito douto sentido de justiça de Vossa Majestade, numa altura em que, infelizmente, as pessoas tanto gritam pelos valores da liberdade, distorcendo o que nela está implícito e dando-lhe equivalência a libertinagem.
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Estou a ser julgado na Praça Pública sem sequer ter o direito a defesa, isto no século XXI, quando se apregoa que todas as pessoas têm o direito à presunção da inocência até prova em contrário.
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Sempre ouvi dizer que os poemas, os textos literários e a arte em geral - por mais aberrantes e desprovidos de valores morais ou estéticos - não se explicam.
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O poema que publiquei e que se encontra abaixo, denominado "Magia", deu origem a comentários de teor censório e até reprovatório por parte de alguns comentadores, e de elogio por parte de outras.
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Já vi trabalhos literários meus censurados por três vezes após a chamada Revolução dos Cravos.
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Há pessoas que se dizem escritores e poetas sem terem o mínimo respeito pelas mais elementares regras semânticas, gramaticais, da acentuação e pontuação, justificando isso como sendo arte em liberdade.
Perdoai-lhes, Majestade, pois não sabem sequer o que significa uma hipérbole ou uma metáfora.
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Há pessoas que se dizem artistas plásticos e que têm o arrojo de nos apresentarem imagens de teor pornográfico, justificando isso como sendo arte em liberdade, sem distinguirem liberdade de libertinagem.
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Nunca os censurei. Nunca os critiquei. Poderei, no máximo, e com o direito que a liberdade de expressão me concede, emitir a minha opinião, mas sempre em círculo fechado, num núcleo de amigos.
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Vou, ferido na minha sensibilidade, suspender as publicações, porque delas não preciso para meu sustento nem afirmação pessoal, e porque já tenho muitas dificuldades existenciais que me atormentam, ficando a aguardar a douta decisão de Vossa Majestade, dado estar rodeado de mulheres e de homens que aqui na Terra se dizem ser, de forma hipócrita, "Pessoas Bem Resolvidas".
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Continuo a agradecer e a manifestar o meu amor por toda(o)s a(o)s verdadeira(o)s amiga(o)s que me têm acompanhado neste espaço de virtualidade e de entretenimento.
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De vós, Majestade, só poso esperar a sábia e justa absolvição.
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O vosso humilde servo:
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António Manuel da Silva Pais
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13 comentários:
Bom dia amigo
O mês de Março não começou bem com esse grito e apelo à justiça.
Não sei do que fala e por conseguinte vou passar ao assunto principal.
A ideia principal é bonita- Justiça de Salomão.
Dificil de pôr em prática e de aceitar como justa. Muito se critíca da própria crítica e tudo se acaba criticando e nada fazendo
e mesmo fazendo se critica sem razão nem sentido.
Já nem às criticas as pessoas estão atentas. Por tudo e por nada se critíca.
Parece-me melhor não criticar mais por agora e o meu amigo vai estar de acordo comigo. Vamos para outra e deixemos que continuem criticando pois pelo menos provam que fazemos alguma coisa.
Aqueles que nada fazem ninguem os pode criticar. Coitados são pobres em tudo..........
António,
Não dê demasiada importância aos comentários críticos.
Da crítica aproveite o que o pode fazer crescer e aperfeiçoar como escritor e como pessoa... o resto, deixe cair. Não valorize.
Um abraço e boa semana.
António
Concentre-se na escrita e não se mortifique. Está a esquecer o principal, a amizade de quem o lê.
Beijinho
Isabel
Até prova em contrário todos somos inocentes.________
Todos nós temos alturas na vida em que nos saímos menos bem.__________
Mas como eu costumo dizer a estrada é em frente,devemos percorrê-la de cabeça erguida, ou pelo menos tentar.
Abraço da
Isabel____________
Quem somos nós para condenar alguém, essa justiça é de Deus, e eu acredito em Deus.___________
._______querido António
.o meu____...
beijO____ternO
Gostei do seu apelo a Salomão, amigo.
Vim fazer-lhe um convite, pois acabo de publicar a resenha de um filme no GALERIA, e gostaria que você apreciasse o meu post e deixasse a sua opinião. Mas é no GALERIA. Estou à sua espera.
Um abraço,
Renata
PS: Dê um jeitinho de ir, pois me deu um trabalhão.
Querido amigo,
estou um pouco confusa mas vou tentar explicar-me o melhor que consigo.
Realmente ao ler o seu poema, vi uma história de amor acabada, uma certa mágoa ou até ressentimento não sei.No entanto não sei se este "circo" é real ou não e mesmo que fosse quem sou eu para o julgar?Está ali exposto um estado de alma.
Quanto às criticas sobre o que fazemos há sempre quem goste ou não, apesar de achar que aqui não é o seu poema que é posto em causa, que por sinal está magnifico, mas o próprio António.Os motivos eu não sei.
Um beijo grande e espero que continue a encantar-nos com os seus poemas.
Nunca pensei, António, que o meu comentário iria causar tal reacção.
Foi, na verdade, um comentário absolutamente desnecessário, mas foi exactamente por eu ser uma mulher bem resolvida e emancipada, que resolvi mandá-lo.
Ando na blogosfera, António, para me divertir... e não para causar conflitos, acredite!
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Meu amigo, penso que devemos fazer a nossa parte, da melhor maneira possível... Se as pessoas gostam ou não, se acham que tem nível ou não, não tem a menor importância...
Não somos contratados, nem pagos para trazermos nosso trabalho!
Você tem um trabalho ótimo!
Beijos de luz e o meu carinho...
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Tenho pena de pela primeira vez ter entrado no seu blog e ter emitido uma crítica talvez menos positiva, mas atenta ao seu trabalho.
Não sei nada de si, pelo que critiquei unica e exclusivamente "as palavras" e não a qualidade do texto que li.
Exactamente porque sou bem resolvida e de frente para a vida comentei.
Ao longo do meu trajecto na terra habituei-me a ouvir, respeitar e até mudar com as críticas que me fizeram.
As que considerei constructivas ainda hoje as guardo no coração, as outras rejeitei-as pura e simplesmente, mas nunca abandonei um barco por ser criticada.
Portanto caro companheiro de blog, se tem a sua consciência tranquila continue com humildade a sua caminhada de cabeça levantada e coração aberto.
De mim fique seguro que não ouvirá mais críticas.
Licas
Olá, Antonio. Sabe de uma coisa? Só se jogam pedras em árvores que dão bons frutos - já dizia um velho ditado. Então não liga para nada disso, menino. Penso que o poeta, com sua imaginação rica, transcende a tudo, inclusive a meras " arrumações" da gramática.
Esfria a cabeça, tá? Beijinhos.
Sylvia Narriman Barroso
www. passagensemarcas.blogspot.com
www.sylvianarriman.blogspot.com
Gosto de ler o que por aqui se escreve.
António
Onde deixou a garra que nos habituou deixar ver dentro de si? A garra suas palavras? Das suas convicções?
"O vosso humilde servo:..."
Quem escreve só pode ser servo de si próprio, dos seus sentires... nunca servo de outros.
Um beijo
MV
Espero que a amizade e o valor que lhe reconhecemos possam servir para o António escrever uma segunda carta a um outro rei ou rainha - nós todos que o lemos e por quem nos "apaixonámos".
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