Cara(o)s amiga(o) que fazem o favor de lerem os meus trabalhos
São pouca(o)s a(o)s leitora(e)s que têm vindo a fazer o favor de lerem os Contos que até agora publiquei. Reparo, com satisfação, que os mesmo são muito apreciados embora firam a sensibilidade das pessoas. Não foi esse o meu objectivo quando os escrevi e enviei para uma Editora que, provavelmente, não os vai publicar. Mas são reais, contemporâneos, e as pessoas, com mais ou menos idade, não têm outra oportunidade de conhecerem aquilo por que nós, enquanto miúdos a partir dos 18 anos de idade, sofremos, deixando, àqueles que tiveram a felicidade de regressar, sequelas gravíssimas. Só quem convive com eles se apercebe do estado de degradação psicológica e física dos ex-combatentes. A Susana B. (blogue: palavras que me tocam) defendeu a sua tese de mestrado após ter convivido vários meses com indivíduos portadores da doença: Perturbação Pós-Traumática do Stresse de Guerra. É muito eloquente o seu comentário aos meus contos. E os familiares (esposas, filhos...) desses homens que também têm vindo a receber tratamento psiquiátrico e psicológico nos hospitais e Associações de Ex-Combatentes? Os ex-combatentes, na generalidade, dedicaram-se ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Estão uns farrapos humanos!
Além dos Contos publicados em Contos da Guerra Colonial e Contos da Guerra Colonial II, está um outro muito interessante, que publiquei por engano em tentativas poemáticas (Agosto, no final da página) e intitulado: Um Negro Bué da Fixe.
Por favor leiam e deixem o vosso comentário. A todos responderei com os esclarecimentos que vos aprouver solicitar.
Obrigado
São pouca(o)s a(o)s leitora(e)s que têm vindo a fazer o favor de lerem os Contos que até agora publiquei. Reparo, com satisfação, que os mesmo são muito apreciados embora firam a sensibilidade das pessoas. Não foi esse o meu objectivo quando os escrevi e enviei para uma Editora que, provavelmente, não os vai publicar. Mas são reais, contemporâneos, e as pessoas, com mais ou menos idade, não têm outra oportunidade de conhecerem aquilo por que nós, enquanto miúdos a partir dos 18 anos de idade, sofremos, deixando, àqueles que tiveram a felicidade de regressar, sequelas gravíssimas. Só quem convive com eles se apercebe do estado de degradação psicológica e física dos ex-combatentes. A Susana B. (blogue: palavras que me tocam) defendeu a sua tese de mestrado após ter convivido vários meses com indivíduos portadores da doença: Perturbação Pós-Traumática do Stresse de Guerra. É muito eloquente o seu comentário aos meus contos. E os familiares (esposas, filhos...) desses homens que também têm vindo a receber tratamento psiquiátrico e psicológico nos hospitais e Associações de Ex-Combatentes? Os ex-combatentes, na generalidade, dedicaram-se ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Estão uns farrapos humanos!
Além dos Contos publicados em Contos da Guerra Colonial e Contos da Guerra Colonial II, está um outro muito interessante, que publiquei por engano em tentativas poemáticas (Agosto, no final da página) e intitulado: Um Negro Bué da Fixe.
Por favor leiam e deixem o vosso comentário. A todos responderei com os esclarecimentos que vos aprouver solicitar.
Obrigado
7 comentários:
Hello distante António!
eh eh...
Não, por acaso não estou nas cerimónias, mas antes sentadinha ao computador, neste final de Domingo, depois de um fim de semana sem ter conseguido cá vir...
Para ver se não começo outra semana sem visitar alguns amigos mais queridos :)))
Um beijinho para si querido poeta :))
Helena :D
P.S. "poeta parvalhão"?!...
Olá regressada Helena
Foi como uma reaparição nesta noite de vigília na sua terra. Um milagre?
Quem sabe?
Tal como a Helena sou sincero e frontal. "Poeta parvalhão" porque ainda me acreditava que reaparecesse...
A Helena foi o primeiro pilar do meu blogue. Nunca pensei que iria ter comentários tão bonitos, vários poemas meus publicados noutros blogues... Devo-lhe o pedacinho de felicidade que encontrei com esta experiência.
Beijinho com muita, muita gratidão e ternura.
António
Olá, boa madrugada! Conheço alguns mutilados da Guerra Colonial; conheço, tb, alguns traumatizados da mesma. Tenho um vizinho, mutilado (sem parte de uma perna) que é um desses k, infelizmente, há muito entrou no alcool. O apoio mais k justo, não o vejo... Há o caso do Alcoitão; existirão outros, por certo, porém não os conheço... e não serão suficientes nem terão, com certeza as ferramentas adequadas. É lamentável. Bom blog!
Se puder visitar o meu e comentar, é bom!
P.S. se vir o seu lovro nos escaparates, comprá-lo-ei!
Olá António
Como pessoa sincera e aberta que sou, devo dizer que não li os seus "contos da guerra colonial".
Contudo, julgo não fazer grande diferença, pois certamente, conta lá tudo o que eu vi passar nessa altura ( não se esqueça que sou uma "sessentona" e ainda tenho nos ouvidos os gritos lancinantes de mães, irmãs noivas e esposas, que viviam na minha aldeia natal, e quando menos contavam recebiam noticias terriveis...
Mas também tenho amigos desse tempo, que foram, voltaram e graças a Deus hoje levam uma vida normal.
Eu sei...que não é igual para todos e acredite-se que me dói a "alma" quando vejo alguém sofrer por esta causa!
Um beijinho com muito carinho, estou de partida para levar o netinho mais velho ao colégio.
Vóvó Cassilda
Amigo Carlos Gil (o que me vier à real gana)
Muito obrigado pela visita e pelo comentário.
Quanto ao caso que me relatou ocorre-me indicar-lhe duas Associações que lhe poderão prestar alguma ajuda: ADFA-Assoc.dos Defic.das Forças Armadas (o Presidente - e meu amigo - é o Comendador José Arruda, cego, sem um braço e outras sequelas); APOIAR-Assoc.Apoio Ex-Combatentes Vítimas
Stresse Guerra; Ministério Defesa Nacional (Ten.Coronel Jara Franco ou Sra Tenente Ana Mota).
Vou passar pelo seu blogue. Já dei uma olhada e é deveras interessante.
Um grande abraço.
António
Vovó Cassilda
Muito obrigado pela visita e comentário.
O meu pai foi carteiro rural. Perdia imenso tempo a ler as cartas e aerogramas dos rapazes que para lá estavam. A maior parte dos familiares que recebiam correio não sabiam ler. O meu saudoso pai li-as sempre que podia e desejoso estava ele de chegar a casa para ler também notícias dos seus dois filhos que também ele lá teve ao mesmo tempo. Depois, ao almoço, ele e a minha saudosa mãe ficavam ali a olhar para os pratos com a comida, as lágrimas a escorrerem-lhe pela face e o nó na garganta, a dificultar-lhes a ingestão dos alimentos. Por vezes não comiam, pensando: -Será que os nossos meninos também terão com que se alimentarem?
Beijinho com ternura.
António
sweet moments
Muito obrigado pela visita.
Passarei pelo seu blogue. Talvez encontre algo que necessite ou possa indicar a amigos. Se precisar de remodelações: tectos falsos, divisórias (pladur) ou trabalhos de decoração consulte-me, ok?
Um grande abraço e felicidades no negócio.
António
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