Querida mãezinha
Ambicionavas estar hoje entre nós para festejar o teu aniversário. " - Só mais este ! - imploravas. A maldita bilirrubina depressa envenenou, através da corrente sanguínea, o teu velhinho corpo físico. Chegou finalmente - alguns dias depois de partires - o dia do teu aniversário natalício. Sinto-me frustrado por não te conseguir dedicar um poeminha. Tu sabes bem como me sinto! Assim, presenteio-te enviando para o éter dois que te ofereci em anos anteriores no Dia da Mãe. "A generalidade do ser humano crê conseguir imaginar o sofrimento duma mãe perante o desaparecimento dum filho. Mas não! Cada caso é diferente do outro. Apenas podemos ter a certeza de que o sofrimento é muito, muito grande, sobretudo quando da passagem por certas datas tais como a do Dia da Mãe."
Ambicionavas estar hoje entre nós para festejar o teu aniversário. " - Só mais este ! - imploravas. A maldita bilirrubina depressa envenenou, através da corrente sanguínea, o teu velhinho corpo físico. Chegou finalmente - alguns dias depois de partires - o dia do teu aniversário natalício. Sinto-me frustrado por não te conseguir dedicar um poeminha. Tu sabes bem como me sinto! Assim, presenteio-te enviando para o éter dois que te ofereci em anos anteriores no Dia da Mãe. "A generalidade do ser humano crê conseguir imaginar o sofrimento duma mãe perante o desaparecimento dum filho. Mas não! Cada caso é diferente do outro. Apenas podemos ter a certeza de que o sofrimento é muito, muito grande, sobretudo quando da passagem por certas datas tais como a do Dia da Mãe."
De ti obtivemos vida
Nem sempre valor te demos
É tempo, enfim, mãe querida
De homenagem te fazermos
O que cedo se afastou
Pediu aos que cá ficaram
Que fossem hoje um só
O tempo não mais parou
E à velhinha chamaram:
Querida mãe! Extremosa avó!
Choraste p' ra nos ver sorrir
Sofreste e nada sentimos
P' ra comer não tinhas hora
O que nos custa admitir
Depois de tudo o que vimos
É ver-te sofrer agora!
amoramoramoramoramor
sinto que nasci
tão longe
e faz tanto tempo
não lembro a alcofa
mas recordo a fome
que tu me escondias...
e só te reconheço
quando te olho a alma
onde se recolheu
toda aquela beleza
tão linda tu eras
por fora
tão linda que és
ainda agora
quando os olhos se fecham...
em Dia da Mãe
que saudades do pai
e do meu mano
no Céu com ele
os netos aumentam
o amor por ti
dou graças a Deus
por saber viveres
ao lado do mano
mais pequenino
não suportaria
visitar asilos...
embora já seco
o sangue dos teus pés
do fardo que fomos nós
que com amor carregaste
em terras tão áridas
perdoa se ainda
te calcamos a coluna
aguenta velhinha
precisamos de ti...
Nem sempre valor te demos
É tempo, enfim, mãe querida
De homenagem te fazermos
O que cedo se afastou
Pediu aos que cá ficaram
Que fossem hoje um só
O tempo não mais parou
E à velhinha chamaram:
Querida mãe! Extremosa avó!
Choraste p' ra nos ver sorrir
Sofreste e nada sentimos
P' ra comer não tinhas hora
O que nos custa admitir
Depois de tudo o que vimos
É ver-te sofrer agora!
amoramoramoramoramor
sinto que nasci
tão longe
e faz tanto tempo
não lembro a alcofa
mas recordo a fome
que tu me escondias...
e só te reconheço
quando te olho a alma
onde se recolheu
toda aquela beleza
tão linda tu eras
por fora
tão linda que és
ainda agora
quando os olhos se fecham...
em Dia da Mãe
que saudades do pai
e do meu mano
no Céu com ele
os netos aumentam
o amor por ti
dou graças a Deus
por saber viveres
ao lado do mano
mais pequenino
não suportaria
visitar asilos...
embora já seco
o sangue dos teus pés
do fardo que fomos nós
que com amor carregaste
em terras tão áridas
perdoa se ainda
te calcamos a coluna
aguenta velhinha
precisamos de ti...
Um comentário:
Sem palavras para a tua sensibilidade! Uma estrelinha nasceu e velará por ti, podes crer. Beijos.
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