SAUDADES DUMA ROTINA

À beira do teu rio: o Douro
Lamentos das pedras pisadas
Saudosas do passeio matinal
Duns pèzinhos porcelana

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Á beira do teu rio: o Douro
Rangem mesas das esplanadas
Saudosas do sorvete especial
Lambido em fim-de-semana

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Hoje rezam as gaivotas
Essas amigas devotas
Pousadas no teu terraço

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Por vezes gritam e choram
Tal como eu pois imploram
Termo breve ao teu cansaço
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Que o Senhor nos dê forças e te proteja

Insistem os imensos mails para repassar que devemos dizer aos amigos o quanto os admiramos, o quanto gostamos deles, o quanto os amamos.

Tu, a melhor conhecedora da minha vida atribulada; tu, que sempre tiveste a paciência para aturar as minhas lamúrias; tu, que foste sempre o bálsamo mais forte e presente para o meu sofrimento; tu, que foste como um Anjo que o Senhor fez o favor de colocar no meu penoso caminho e me reensinou a gostar de viver...

Mas, mais pesado e doloroso tem sido o teu percurso, tu, mulher estóica, uma grande senhora: linda, bela, inteligente, culta, uma verdadeira artista ignorada.

Não conhecias ninguém na blogosfera quando te iniciaste, mas angariaste facilmente muitas amizades (é tão fácil gostar de ti!)

Quero que saibas - que todos saibam - que, se um dia a vida nos separar, haveremos de dar longos passeios sem o Sol a queimar-nos a pele, sem o peso das pernas a dificultar-nos nas subidas imensas que percorremos devagarinho.

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AMO-TE, MEU ANJO!